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VEJA NOSSA WEBTV ADVENTISTA BEREANA DO 7º DIA DO VALE DO SÃO FRANCISCO

domingo, 28 de outubro de 2012

COMO ERA O BATISMO NO INICIO DA IGREJA CRISTÃ?


“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mateus 28:18-20.

Diante desse verso, poderíamos fazer algumas perguntas e observações:

a) Para quem Jesus estava falando essas palavras?

b) Por que os discípulos não batizaram “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”?

Em todo o Novo Testamento só existe este verso (“batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo") e sabemos pela Bíblia que os batismos foram feitos “em nome de Jesus”. Vejamos alguns:

“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. (Atos 2:38 RA)

“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo.” (Atos 10:48 RA)

“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:5 RA)

Nas duas passagens paralelas que tratam do mesmo assunto, em Marcos 16:15-17 e Lucas 24:47-48 os escritores falam “em meu nome” e não tem a expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

c) Paulo diz que tudo (Colossenses 3:17) deve ser em nome de Jesus. E os batismos realizados pelos discípulos foram feitos em nome de Jesus.

d) A Bíblia de Jerusalém comentando Mateus 28:19 no rodapé, admite que a expressão: “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, foi inserida depois, pois os discípulos batizavam em nome de Jesus.

e) O público (tanto Jesus como os discípulos eram judeus) que estava presente e escutaram Jesus falar, não criam em uma Trindade (e até hoje não crê). Observe que no verso 18, Jesus diz que toda autoridade foi dada a Ele e no verso 20, Ele diz que devemos ensinar as coisas que Ele ordenou. E que Ele estaria conosco. Ora se Jesus disse que toda autoridade foi dada a Ele, porque Ele mandaria batizar em nome da Trindade? O mais correto seria Ele mandar batizar em Seu Nome, pois toda autoridade foi dada a Ele! Jesus foi o grande vitorioso! A Ele seja dada toda honra e glória, pois Ele nos resgatou do pecado para o Seu Deus e Pai.

f) Eusébio de Cesaréia, o escritor mais antigo do cristianismo, várias vezes em seus livros antes do Concílio de Nicéia cita Mateus 28:19 da seguinte maneira: “Ide e tornais todas as nações discípulas em meu nome, ensinando-as a observar tudo que vos ordenei.”

g) Outra versão é a seguinte: “Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para sempre.” - Mateus 28:18-20 (Na Tradução de George Howard em Hebraico)

NOTA: George Howard é Professor Emérito e Chefe do Departamento de Religião e Professor de Religião da Universidade da Geórgia. Ele realiza pesquisas sobre o Novo Testamento e Judaísmo Intertestamental. Concluiu o PhD. no Hebrew Union College / Instituto Judaico de Religião (1964). Ele também estudou em Vanderbuilt e na Universidade Hebraica.

As enciclopédias dizem o seguinte:

Enciclopédia Britânica: "A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século." - 11a Edição, Vol.3 - págs. 365-366. (em inglês)... "Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo." - Volume 3 pág.82.

Enciclopédia da Religião - Canney: "A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século." - pág. 53 (em inglês).

Nova Enciclopédia Internacional: "O termo "trindade" se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana." - Vol. 22 pág. 477 (em inglês).

Enciclopédia Da Religião - Hastings: "O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada." - Vol.2 pág. 377-378-389.

Portanto, deixo-vos uma pergunta:

Podemos praticar algo tão importante na vida cristã, baseada em apenas 1 verso, e ainda mais quando existem outros versos, o contexto da época, os batismos subsequentes e a história contradizendo esse verso?

Adventistas Unitarianos.

sábado, 25 de agosto de 2012

Hermenêutica Bíblica

HERMENÊUTICA BÍBLICA

Hermenêutica (Interpretação) é o método de estudo bíblico pelo qual nos certificamos de que a mensagem que Deus nos transmite seja cuidadosamente entendida pelo homem.

REGRAS DE HERMENÊUTICA

1. Aceitar a Bíblia literalmente

Muito dano tem sido causado por aqueles que procuram espiritualizar a Bíblia, ao invés de interpretá-la literalmente. Quando alguém nos escreve uma carta, não procuramos espiritualizar seu conteúdo, mas aceitamos literalmente o que ela nos diz. O mesmo critério deve ser aplicado à Bíblia. Contudo, existem algumas passagens bíblicas que devem mesmo ser espiritualizadas. A questão, portanto, é: "Como saber quais as passagens que devem ser espiritualizadas, e quais as que não devem?" A melhor resposta que conheço para esta pergunta é a Regra Áurea da interpretação, que foi dada pelo falecido teólogo David L. Cooper:
“Quando a passagem tem um sentido claro, e se harmoniza com nosso senso comum, ma devemos procurar outra explicação, mas aceitar cada palavra em seu significado original, a não ser que os fatos do contexto indiquem o contrário.”
Será muito pouco provável errarmos na interpretação bíblica se procurarmos partir sempre de uma interpretação literal. Por exemplo: quando a Bíblia diz: "fogo e enxofre caíram dos céus", isto significa que realmente fogo e enxofre caíram sobre a terra. Entretanto, quando a Bíblia diz que a lua se tornou em sangue, isto não significa que se tornou em sangue, mas que tomou uma cor semelhante a sangue. Uma boa regra para se seguir é tentar uma interpretação literal. Mas, se está claro que este não é o caso, então, em último recurso, devemos interpretar a passagem espiritualizando-a.

2. Manter-se dentro do contexto

É sempre bom usar versos das Escrituras para provar um ensino ou princípio; mas é importante lembrarmos que não podemos retirar nenhum verso de seu contexto; se assim fizermos, o que acontecerá é que, como já vimos anteriormente, em vez de aquele texto ser uma prova, ele se torna pretexto.
Ao tentar entender um texto, leia sempre os versos anteriores e posteriores. Se não ficou claro, leita todo o capítulo. Se ainda está com dúvidas, leia o livro e se ainda perdurar sua dúvida, leia toda a Bíblia.

3. Estar atento às expressões idiomáticas

'Toda língua contém suas próprias expressões idiomáticas. Aliás, o estudo das expressões idiomáticas de uma língua é um dos mais complexos. Já pensou o leitor como será difícil para as pessoas que desconhecem a língua inglesa, por exemplo, entenderem uma expressão como: "Foi salvo pela pele do dente"? ("Foi salvo por um triz.")
Outro fator que dificulta o uso de tais expressões é que elas se modificam de uma geração para outra. Os bons comentários bíblicos, em geral, indicam as expressões idiomáticas, e esclarecem seu significado na época em que foram escritas.

4. Estar atento ao uso da linguagem figurada

Quando um autor não usa linguagem literal, ele geralmente apela para as figuras de linguagem. Fazemos isso em nossa língua, e o leitor, provavelmente, conhece os cinco tipos mais comuns: metáfora, símile, analogia, hipérbole e antropomorfismo.

5. Interpretar as parábolas de modo diferente

A parábola é uma história que descreve circunstâncias celestiais através de ilustrações terrenas. A melhor maneira de explicar a necessidade do ensino parabólico é sugerir que cada um se imagine como missionário a uma tribo indígena, que nunca viu eletricidade, nem refrigeração, nem qualquer outra das nossas invenções modernas. Como descreveríamos para aquelas pessoas dali os aparelhos elétricos que utilizamos na cozinha? Teríamos que lançar mão de conceitos pertinentes à sua esfera de conhecimentos, e apresentá-los como figuras parabólicas, a fim de podermos transmitir o conceito desejado. O mesmo se aplica ao ensino de uma verdade celestial ou divina.
Jesus Cristo foi um perito no emprego de parábolas. Muitas de suas parábolas iniciam com as palavras: "O reino dos céus é semelhante a..." ou "Um certo homem foi a um país distante..." Na interpretação das parábolas, muitas pessoas exageram, isto é, tentam explicar todos os detalhes, dando-lhes um significado especial. Agindo assim, muitas vezes, anulam o ensino básico da parábola. As parábolas são ilustrações. E do mesmo modo que utilizamos ilustrações para ensinar um conceito com uma verdade central, as parábolas divinas também possuem esta verdade central.
Mas é possível distorcermos uma ilustração até ao ponto de modificarmos suas verdadeiras características, quando tentamos aplicar a todos os seguimentos dela uma intenção específica. Por esta razão, devemos contentar-nos em descobrir o ensino central da parábola e ater-nos a ele.
Estas cinco regras de hermenêutica não são as únicas que existem, mas são as que devemos conhecer bem, pois são as que encontraremos com maior freqüência. Você verá que a aplicação delas ao estudo bíblico resultará numa interpretação acurada da mensagem divina.

Adventistas Unitarianos

sábado, 11 de agosto de 2012

A TRINDADE E A BIBLIA

A TRINDADE E A BÍBLIA!

Ao longo dos séculos muitos conceitos sobre a Divindade têm surgido. Muitos debates têm sido travados e todos afirmam ter base bíblica para defender suas idéias. Vejamos 2 conceitos bastante conhecidos:

1 - Alguns consideram que Deus é constituído por apenas uma Pessoa: A qual se apresentou como Pai, depois como Filho e atualmente atua como o Espírito Santo. Não são 3 Pessoas, nem três Deuses. É apenas um Ser Pessoal, o qual se apresentou e se revelou com três títulos diferentes (Pai, Filho e Espírito Santo).

2 - Outros estão convictos de que Deus é constituído por três Pessoas: São três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) as quais constituem um só Deus. Isto é, Deus é um plural de três Pessoas, cada pessoa da divindade é Deus, mas não são três Deuses. Eles crêem em TRÊS pessoas que formam UM Deus.

Sendo o segundo conceito mais aceito no meio religioso. Pretendemos, através de um estudo simples com base nas Escrituras, conhecermos melhor o que a Bíblia ensina sobre o Pai, sobre o Filho, e sobre o Espírito Santo.

Para começarmos, gostaríamos de fazer a seguinte pergunta: “Existe algum texto bíblico que afirma que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um? Ou seja, que os três são um?” Muitos citam 1 João 5:7-8. Vejamos:

“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na Terra]: o Espírito, a água e o sangue...” I João 5:7-8.

Em toda a Bíblia, esse é o único texto que defende o conceito de Trindade, ou seja, que “os três são um.” Mas por que esse texto está entre colchetes? Como esse texto está em outras versões da Bíblia?

Tanto na Bíblia de Jerusalém, como na edição João Ferreira de Almeida, I João 5:7 está entre colchetes com a seguinte explicação:

“Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.”

Ou seja, ele foi adicionado na Bíblia posteriormente pelos copistas, pois não se encontra nos manuscritos originais! Hoje os mais sinceros estudiosos da Bíblia não utilizam esse texto.

Leia o verso 6 e perceba que João está falando da água (Batismo de Jesus), do sangue (Morte de Jesus) e do Espírito que dá testemunho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.” I João 5:6

Agora leia o verso 7, sem as palavras que estão entre colchetes e perceba que as mesmas estão fora do contexto.

“Pois há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.”

Na Bíblia Linguagem de Hoje, 1ª João 5:7-8, está da seguinte forma:

“Há três testemunhas: o Espírito, a água e o sangue. E os três estão de pleno acordo.”

Porém como não existe nenhum outro texto bíblico que afirme que o Pai, o Filho e o Espírito são um. Muitos utilizam Mateus 3:16-17 (Batismo de Jesus); Mateus 28:19 (A grande comissão); II Coríntios 13:13 (A bênção apostólica) e
outros versos em defesa de sua tese.

Um dos principais argumentos usados é o fato de que Deus, Jesus e o Espírito Santo são mencionados juntos nesses versos. Porém perguntamos: O simples fato de um verso mencionar os três (O Pai, o Filho e o Espírito Santo) é uma prova da existência de uma Trindade?

As palavras “trindade”, “triúno” e “trino”, jamais foram usadas pelos escritores da Palavra de Deus. A doutrina da trindade era desconhecida pelos Israelitas do Velho Testamento e pelos Cristãos do Novo Testamento.

De acordo com o Dicionário, TRINDADE é: “Dogma da Religião cristã que sustenta a existência de 3 pessoas distintas na natureza de Deus OU Divindade Tríplice, nas religiões pagãs”, etc..

De acordo com a Igreja Católica: “O mistério da Trindade é a doutrina central da fé católica. (...) A igreja estudou esse mistério com grande cuidado e, depois de quatro séculos, decidiu declarar a doutrina desta maneira: dentro da unidade de Deus há três Pessoas, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo.” – O Catecismo Católico de Hoje, pág. 11

“O Credo de Atanásio” nos dá o conceito da Trindade Ortodoxa, que é aceito como verdade pela Igreja Católica e a maioria das Igrejas protestantes e/ou evangélicas:

“Qualquer pessoa para ser salva, antes de todas as coisas é necessário que ela celebre a fé Católica. (...) Mas esta é a fé Católica: Que nós adoramos um Deus em uma Trindade, e a Trindade em uma unidade. (...) Porque existe uma pessoa do Pai: outra do Filho: outra do Espírito Santo. (…) Assim o Pai é Deus; o Filho é Deus; e o Espírito Santo é Deus; porém não há três Deuses; mas um Deus (…) Mas as três Pessoas juntas são co-eternas e co-iguais. De forma que em todas as coisas, como supracitado, a Unidade na Trindade, e a Trindade em sua Unidade devem ser adorados.” (História da Igreja Cristã, de Philip Schaff , Vol. 3, Seção 132, págs. 690).

João Carvalho

Um grande abraço e fique na paz de Cristo.

EGW e a BIBLIA

ACEITAÇÃO (CRENÇA) NOS ESCRITOS DE EGW. Pelo que vejo o “problema” que existe em muitos lugares é o seguinte: Alguns irmãos aceitam os escritos de EGW, desde que os mesmos estejam comprovados ou alicerçados na Palavra de Deus. Outros aceitam todos os escritos dela, independente de tal comprovação, outros não aceitam. Alguns preferem que a Bíblia e só a Bíblia, seja citada em sermões, outros preferem citar a Bíblia e também os escritos de EGW. Diante disso gostaria de fazer algumas considerações:

Eu, pessoalmente creio que Ellen G. White, foi uma Mensageira de Deus. Apesar de muitos a chamarem de profeta, ela mesmo foi contra tal título. Creio que ela deve ser reconhecida como uma Mensageira de Deus, como ela mesma expressou:

“Durante meio século tenho sido a mensageira do Senhor, e enquanto durar a minha vida continuarei a transmitir as mensagens que Deus me dá para Seu povo.” Meditação Matinal, E recebereis poder, pág. 250.

“Não tenho tido reivindicações a fazer, apenas que estou instruída de que sou a Mensageira do Senhor, de que Ele me chamou em minha mocidade para ser Sua mensageira, para receber-Lhe a Palavra, e dar clara e decidida mensagem em nome do Senhor Jesus.“ Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 32.

“Cedo, em minha juventude, foi-me perguntado várias vezes: Sois uma profetisa? Tenho respondido sempre: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm chamado profetisa, porém eu não tenho feito nenhuma reclamação desse título. Meu Salvador declarou-me ser eu Sua mensageira.” Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 32.

“Reivindicar ser profetisa, é uma coisa que nunca fiz. Se outros me chamam assim, não discuto com eles. Mas minha obra tem abrangido tantos ramos que não me posso chamar outra coisa senão mensageira, enviada a apresentar uma mensagem do Senhor a Seu povo, e a empreender trabalho em qualquer sentido que Ele me indique.“ Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 34.

“Minha obra inclui muito mais do que esse nome significa. Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu povo.” Carta 55, 1905. (Em Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 35 e 36.)

Todo profeta é um mensageiro, porém nem todo mensageiro é profeta. A exaltação da administração da IASD, em transformar Ellen G. White de MENSAGEIRA para PROFETA, pode ser entendido como um grande comércio em cima de seus escritos, ainda mais criando um dia no ano para se comemorar o espírito de profecia (20/11).
A administração da IASD, sempre projetou EGW num plano acima da Bíblia, mesmo que indiretamente, e infelizmente muitos irmãos absorveram tal ensino. A cada ano surgem livros e mais livros de EGW (há pelo menos mais de 100 novos títulos publicados após sua morte) e muitos irmãos infelizmente dão mais valor aos escritos dela do que a palavra de Deus. Ora, se na própria Bíblia houve falsificações o que dizer dos escritos de EGW nas mãos de empresários religiosos? Em relação aos seus escritos se compararem com a Bíblia, veja o que ela afirmou:

“...pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à “luz maior” (Review and Herald, 20 de janeiro de 1903).

“Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios.” –- Primeiros Escritos p. 78.

”No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um "Assim diz o Senhor" é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruída a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White.” – Carta 11, 1894.

Os escritos de EGW são uma luz menor que guia a luz maior. Aqui encontramos um mal entendido entre muitos irmãos. A luz menor não esclarece ou clareia a luz maior. A luz menor GUIA para luz maior, ou seja, podemos através de seus escritos sermos levados a Bíblia.

Ela ainda afirmou que, no trabalho público não citeis o que a irmã White diz e sim o que está escrito na Palavra de Deus. Quando fazemos pregações, devemos exaltar a Bíblia, devemos entender e conhecer a Bíblia, pois o povo será convencido pela Bíblia e por ela só.

Citar Ellen G. White, não aumentará a fé em seus escritos. O povo carece de um conhecimento da Palavra de Deus, pois ela será a norma de juízo. Ela mesma afirmou que ninguém deve olhar para ela, e, sim, para o poderoso Deus.

Não podemos olhar e exaltar o mensageiro, mas a mensagem que o mesmo trás. O mensageiro não é nada, a mensagem é tudo. O mensageiro é um vaso sujo que Deus usa para mostrar uma mensagem limpa.

Deus já enviou mensagens através de uma jumenta e o próprio Cristo disse que até as pedras clamariam se fosse necessário. Deus pode usar uma criança ou qualquer pessoa para trazer uma mensagem, pois, para Deus A MENSAGEM É MAIS IMPORTANTE DO QUE O MENSAGEIRO. Veja por exemplo:

Na Bíblia, encontramos vários autores citando mensagens de outros autores bíblicos em seus escritos, mas não citaram o autor, apenas o que estava escrito. O próprio Jesus várias vezes afirmou apenas o “está escrito” sem dizer onde ou por quem foi escrito, pois para eles o que importava era a mensagem e não o mensageiro.

Os pioneiros (Uriah Smith, Alonzo T. Jones, Ellet J. Waggoner e outros) quando escreveram os seus livros não citavam EGW, (pelo menos até onde eu conheça).

A própria EGW citou vários textos de outros livros de outros autores, mas em muitos casos não citou a origem e nem o autor, pois para ela também o que importava não era o mensageiro ou a origem e sim a mensagem se era verdadeira ou falsa. Ela mesma afirmou que ninguém fosse instruída a olhar para ela como autora das mensagens e sim para Deus.

Diante disso compreendo perfeitamente, como a própria EGW afirmou que citar textos dela não aumentará a fé em seus escritos.

Apesar de reconhecermos que a mesma é uma mensageira do Senhor, e que escreveu inúmeros artigos para orientar a igreja, devemos entender que sermões são mensagens públicas, devemos entender que existem muitos dos escritos de EGW que necessitam de uma explicação melhor e maior, devemos entender que ela era um ser humano, e que em seus escritos existem mensagens particulares e pessoais de uma pessoa cristã.

Um grande abraço e fique na paz de Cristo.