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VEJA NOSSA WEBTV ADVENTISTA BEREANA DO 7º DIA DO VALE DO SÃO FRANCISCO

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

FINANÇAS NA IASD - PRIMEIRA PARTE


“Nosso Pai Celeste não instituiu o plano da benevolência sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma grande benção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava” Testemunhos Seletos Vol. I, pág. 385.

Pelo que pudemos extrair dos artigos elaborados pelos eminentes pastores e pesquisadores ASD, e explanados na Revista PAROUSIA Ano 2. N. º 2-II Semestre 2001, embora a intenção dos ilustríssimos pesquisadores fosse, de alguma forma, induzir-nos a crermos que o dizimo sempre foi uma pratica unânime e pacífica, desde o principio da história da IASD, ficou-nos bastante evidente que a tentativa do estabelecimento de um plano financeiro na IASD, não foi algo pacífico no seio da membresia da Igreja.

Embora, segundo se cria, houvesse Deus, através da Irmã Ellen G. White, providenciado um plano, que foi denominado de Benevolência Sistemática, diga-se de passagem, pautado nos eternos princípios bíblicos de mordomia, o mesmo se constituía em um plano desprovido de qualquer ambição de se criar uma “casta dominante de privilegiados”, a qual, uma vez estabelecida, jamais se satisfaria com os benefícios que lhes forem atribuídos, e pouco se importariam com a situação financeira da membresia.

Pelo artigo denominado de “Destaque do Começo do Sistema do Dízimo na IASD”, e atribuído à autoria do Ex-Diretor do Patrimônio Literário Ellen G. White – ARTHUR L. WHITE, compreendemos que a principio a amada IASD funcionou sem nenhum plano financeiro, oficialmente reconhecido pela Conferência Geral, até o ano de 1859, sendo que neste mesmo ano, no mês de janeiro, em uma reunião em Battle Creek, recomendou-se o seguinte plano:

1. Que cada irmão, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de cinco a vinte e cinco centavos de dólar.
2. Que cada irmã, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de dois a dez centavos de dólar.
3. Além disso, que cada irmão e cada irmã ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de um a cinco centavos para cada cem dólares de propriedade(s) que possuem.


As mais baixas quantias estipuladas são tão pequenas que aqueles que se encontram nas circunstâncias mais precárias (com mui poucas exceções de algumas viúvas, doentes e pessoas idosas) poderão pôr este plano em prática; ao passo que os que estão em melhores condições poderão desempenhar a sua mordomia, no temor de Deus, dando desde as menores até às mais altas quantias estipuladas, ou mesmo mais, como acharem ser o seu dever.

Observe-se que as instruções foram carinhosamente chamadas de “Benevolência Sistemática”, as quais, mesmo constituídas de regras simples, eram em sua aplicabilidade, perfeitamente compatível com os mais diversos níveis econômicos da membresia, e apesar de haver sido estabelecido em valores monetários pré-definidos, os mesmos eram, e ainda seriam, em nossos dias, perfeitamente suportáveis com a capacidade contributiva da maioria de nossa membresia mundial.

Avaliando-se sua eficácia, no contexto econômico de nosso país e em nossos dias, vemos que para os pobres representaria uma contribuição semanal de R$0,06 a R$0,30; para os membros da classe a média o valor do desembolso semanal seria de R$0,15 a R$0,75; enquanto que para os possuidores de bens, sua contribuição semanal seria de R$0,03 a R$0,15 por cada R$200,00 de propriedades que possuíssem.(valores aproximados ao câmbio de hoje).

O Plano contemplava um antigo principio bíblico da mordomia, isto é, o do respeito às condições econômicas de cada pessoa, e conseqüentemente quem podia mais, seria chamado a contribuir com mais, ou seja, na Benevolência Sistemática, os possuidores de bens de capital, isto é, aqueles bens que geram rendas, seriam convocados a participar com um pouquinho mais, guardando-se a proporcionalidade com as bênçãos recebidas.

Há de se destacar, também, a peculiaridade contida na flexibilização estabelecida entre os limites mínimos e máximos, a qual contemplava um outro principio, isto é o da liberdade do mordomo, uma vez que se deixava ao livre-arbítrio de cada contribuinte a escolha “segundo se propusesse em seu coração”.

Por outro lado o plano ainda definia de forma clara que, em determinadas circunstâncias sociais, poderia existir pessoas que, segundo sua condição econômica, não manifestasse capacidade para participar do grande mutirão financeiro da Causa do Senhor, pelo que conforme as diretrizes do plano, tais pessoas estariam excluídas da obrigatoriedade de participar (com mui poucas exceções de algumas viúvas, doentes e pessoas idosas).

Observe-se, também, que os pioneiros do movimento adventista, segundo se acreditava, tiveram a divina orientação de estabelecerem um plano financeiro que embora, a princípio, não contivesse de forma clara uma definição completa sobre em que se aplicaria o resultado de sua arrecadação, até por que naquele momento da historia, a IASD era um movimento no qual não havia, ainda, a centralização de sua liderança, e cada comunidade, ou igreja local decidia por si mesma quanto às questões financeiras, isto é seu modelo de governo eclesiástico era o congregacionalismo, mas, certamente, não agredia os ditames da mordomia estabelecia na bíblia.

Parece-nos que quanto à aplicação dos recursos oriundos deste plano, prevalecia o que fosse determinado conforme a vontade da igreja local, o que nos leva a crer que os irmãos, daquela época, seguiam o modelo federativo, tão bem apreciado na estrutura política dos EUA, onde as reiteradas práticas locais, com o tempo, tornavam-se normas gerais para toda a irmandade, e até então a Conferência Geral não havia atentado para a necessidade de se definir regras claras que determinassem em que seriam investidos os recursos financeiros oriundos da Benevolência Sistemática.

Mesmo assim, isto é, em sua forma embrionária, e enquanto funcionou de 1859 a 1876, o plano contemplava alguns dos princípios da mordomia bíblica estabelecidos, tanto no velho quanto no novo testamento, entre os quais destacamos: a)-Compromisso com Deus; b)-Capacidade contributiva do participante; c)-Liberdade do mordomo; d)-a alegria de participar.

O que nos leva a crer que se os pioneiros houvessem progredido em todas as orientações da Palavra de Deus, e não tivessem seguido os planos humanos, como a historia nos mostrará, (aguardem o próximo tópico sobre as mudanças efetuadas pelo irmão Canright) com absoluta certeza o plano da “Benevolência Sistemática” teria rigorosamente contemplado os demais princípios da mordomia bíblica tais como: a)-Voto de pobreza; b)-Salário pelos serviços religiosos prestados;sem privilegiar a classe dominante c)-Prestação de contas; d)-Equidade entre Sacerdote e Levitas; e)-O cuidado com os necessitados.

Continuando na avaliação do plano da “Benevolência Sistemática” percebemos as profundas diferenças com a atual prática financeira da IASD, entre tais diferenças destacamos as seguintes:

1 – A faculdade que tem o próprio contribuinte de escolher entre o limite mínimo e máximo estabelecidos; enquanto no modelo em vigência exige-se de forma autoritária um único percentual para pobres e ricos;

2 –A possibilidade de algumas pessoas serem dispensadas de contribuírem, enquanto que no sistema atual, não há exceção, e exige-se que velhos, viúvas, doentes, etc., os quais são “doutrinados” a deixarem de comprar alimentos ou remédios, mas jamais deixarem de pagar o “dízimo”;

3 – Os membros autônomos ou assalariados tinham sua participação financeira pré-definidas, de tal modo que ficavam totalmente desvinculadas de seus ganhos mensais; no sistema atual não se respeita este limite, e, tributa-se de forma “selvagem” e desumano o pobre e minguado salário do trabalhador;

4 – Os possuidores de bens materiais (propriedades) são convidados a participar com uma contribuição vinculada as bênçãos materiais recebidas, bem ao estilo bíblico, no entanto preserva-se à vontade de escolher entre um valor mínimo ou máximo, ou além disto, pode-se estabelecer, para si, um limite superior ao máximo definido no plano, se assim o desejar. Nas regras atuais os poderosos economicamente se limitam somente a 10% daquilo que eles próprios atribuem como renda, o que na maioria dos casos, representa uma ínfima contribuição do muito que lhes sobram.

Pelas primárias avaliações acima efetuadas, não se pode, de nenhuma forma, discordar quando a irmã White diz que o referido plano não seria um “peso” para ninguém, bem como que sua instituição não teria como finalidade “enriquecer” a Deus, e muito menos a classe dominante, também cremos que não há duvida de que sua origem era Divina, uma vez que pelo crivo bíblico aqui avaliado o plano de nenhuma forma viola os princípios da Palavra de Deus.

“Nosso Pai Celeste não instituiu o plano da benevolência sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma grande benção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava” Testemunhos Seletos Vol. I, pág. 385.

“O plano da doação sistemática não pesa muito em ninguém”. Testemunhos Seletos Vol I pág. 378.



terça-feira, 20 de outubro de 2009

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A TRINDADE E ASSUNTOS RELACIONADOS

Prezados Bereanos(Estudantes da Palavra),



Pedimos aos participantes que doravante direcionem todos os questionamentos sobre a TRINDADE E ASSUNTOS RELACIONADOS para este tópico o qual será, sempre que julgarmos necessário, deslocado para o topo do BLOG.



Fraternalmente,



Heráclito Fernandes da Mota

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CONVERSÕES AO CATOLICISMO




"Este é o lugar, onde minha fé me levou" . Ex-pastor da IASD David Pendleton.

O ex-deputado estadual e ex-pastor Adventista do Sétimo Dia, foi recebido na igreja católica na Vigília Pascal...

Um fenômeno muito interessante está acontecendo nos Estados Unidos; uma grande quantidade de pastores protestantes têm se convertido ao Catolicismo depois de perceberem que a Igreja Católica é a verdadeira Igreja em Jesus Cristo, fundada sobre Pedro e os Apóstolos.

"Leigos católicos deixando a igreja, ministros protestantes se juntando a igreja. O que está acontecendo?" Pergunta o padre Tobin.


Bereanos PB

ORAÇÃO PELOS DOENTES


O Pr. Jonny Franklin, encontra-se hospitalizado, pois fez uma cirurgia. Peço aos irmãos bereanos que orem por ele.
"Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou a sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A Ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém." I Pedro 5:10-11.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DÍZIMOS: PRINCIPIOS DE VALIDADE ETERNA

“O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus” Testemunhos Seletos Vol. I, pág. 385.

Quando Deus retirou o povo de Israel do Egito para estabelece-lo, como nação independente, nas terras de Canaã, a finalidade era que fosse uma luz para as demais nações, transmitiu-lhe varias ordenanças, entre as quais deu também as diretrizes financeiras, as quais tinham como função principal promover a subsistência das pessoas responsáveis pelos serviços religiosos, tão necessários a fixação na mente do pecador arrependido, da figura do cordeiro de Deus morrendo, prefiguradamente, em cada animal sacrificado, representando o infinito preço que seria pago por Cristo em resgate da raça perdida.

Esta revelação foi se ampliando a cada texto transmitido, conforme verificamos nos seguintes textos bíblicos: Levítico 27: 30-33; Números 18:20-32; Deuteronômio 14:22-29, os quais, em nossa avaliação perceberemos a existência de características peculiares à vida e circunstância religiosa de um povo em determinada época, pelo que tais características têm sua aplicabilidade limitada e restrita ao lugar e o tempo. Por outro lado veremos que, mesmo assim, há princípios envolvidos, os quais tem a sua aplicabilidade livre das circunstâncias e épocas, logo sua eficácia extrapola o tempo e o lugar.

No primeiro texto citado percebe-se de forma inequívoca que Deus limita sua instrução a revelar apenas os aspectos básicos, tais como:
origem - dízimos da terra,
destino - pertencem ao Senhor,
natureza - quer dos cereais, quer dos frutos das árvores; todo dízimo do gado e do rebanho,
contribuintes - fica implícito que somente aqueles que possuíssem os bens capazes de gerar cereais, frutos e gado,
liberdade - Se alguém quiser remir uma parte dos seus dízimos.

Não é difícil, mesmo para o simples leigo, encontrar neste texto alguns dos princípios que norteiam a mordomia cristã e que segundo o texto da irmã White, em epigrafe, são tão duradouros quanto a Lei de Deus, entre estes princípios podemos destacar os seguintes:

O compromisso com Deus, jamais com os homens, levitas/sacerdotes ou padres/pastores etc. (“santas são ao senhor”. Levítico 27:30);

A capacidade contributiva do participante; exige-se de quem tem condições, neste caso os proprietário de terras, em outras palavras diríamos que “se tributa o capital ou a renda, jamais o trabalho ou o salário” ("todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores ” Levítico 27:30; - “No tocante às dízimas do gado e do rebanho,...” Levítico 27:32);

A Liberdade do mordomo (“Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa.” Levítico 27:31).

A Divina orientação, estabelecida em Números 18:20-32, nos faz entender que neste texto Deus estabelece o compromisso que deveria existir entre a tribo de Levi e o produto da arrecadação dos dízimos, impondo-lhes uma condição básica e indispensável, a fim de que eles se constituíssem em um dos beneficiados pelas finanças de Deus.

É fácil extrairmos destes versículos algumas características, as quais, com certeza, até a Irmã White os reconheceriam como sendo duradouros, bem como, também, aplicáveis aos prováveis beneficiários da mordomia neotestamentária, se não vejamos:

Voto de pobreza (“ Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma porção terás. Eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel.” Números 18:20 ), qualquer pessoa pode entender que este princípio tem por objetivo inibir a formação de uma classe clerical privilegiada, a qual viesse a se aproveitar das instruções Divinas com a finalidade de obter vantagens, poder econômico ou quaisquer relação de domínio sobre os demais na comunidade.

Salário pelos serviços religiosos prestados (“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da Congregação.” Números 18:21).

Prestação de contas (“Mas os Levitas farão o serviço da tenda da congregação e responderão por suas faltas,...” Números 18:23).

Equidade entre Sacerdote e Levitas, em termos mais atuais: Pastores/padres, obreiros/colportores/empregados/etc. (“Quando receberdes os dízimos da parte dos filhos de Israel, que deles, que vos dei por herança, deles apresentareis ao Senhor uma oferta ao Senhor: o dízimo dos dízimos.” Números 18:26).

Não resta dúvida de que Deuteronômio 14:22-29 é um texto que trata do assunto de uma forma mais abrangente e que, sob este prisma podemos entender que a devolução dos dízimos constituía-se em uma grande confraternização, na qual tomava parte toda a comunidade judaica.

Nestas instruções, também, podemos ver que Deus nos brinda com mais alguns detalhes adicionais tais como: a época, o lugar de entrega, as pessoas que poderiam usufruir os benefícios advindos daquela doação fraternal, isto é, os direitos e obrigações de todos na comunidade, vejamos:

ÉPOCAS: anualmente (“Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo.” Deuteronômio 14:22).

LUGAR DE ENTREGA:
1 - no Templo (“E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome...” Deuteronômio 14:23),

2 - nas comunidades locais (“Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade.” Deuteronômio 14:28).

QUAIS OS BENEFICIADOS:
1 - O próprio dizimista (“E, perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o Senhor teu Deus, por todos os dias” Deuteronômio 14:23).

2 - O levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva (“Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva, que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão; para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas obras que as tuas mãos fizerem” Deuteronômio 14:29).

O DIZIMO NÃO PODERIA SER DINHEIRO
(“Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que Senhor, teu Deus, escolher para ali por o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher. Esse dinheiro dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa; porem não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo.” Deuteronômio 14:24-27).

Embora nestes versículos Deus tenha sido mais detalhista com respeito as suas finanças, somente vislumbramos dois princípios, os quais, também, a Irmã White, certamente, nos aconselharia a considera-los como duradouros e, conseqüentemente deveriam ser exigidos sua aplicabilidade na mordomia do remanescente povo de Deus, tais princípios são:

A alegria de participar (”Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa;” Deuteronômio 14:26).

O cuidado com os necessitados (“Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva, que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão; para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas obras que as tuas mãos fizerem.” Deuteronômio 14:29).

Creio que antes de ser um dever, é também um privilégio que todos os cristãos apropriem-se da sabedoria Divina, através da oração e do estudo da Bíblia, a fim de habilitarem-se a discernir nas ordenanças das Escrituras, os seus princípios fundamentais, bem como a sua aplicabilidade no tempo e no espaço, pois embora os princípios sejam duradouros, as características de determinadas doutrinas restringem sua aplicabilidade à época certa e a povos ou a determinada nação e, às vezes, enquanto perdurarem certas condições.

O novo testamento é rico em descrever uma mordomia onde sempre se privilegiou a liberdade do mordomo, bem como a finalidade de está sempre voltada para o auxilio aos pobres, propiciando uma vida comunitária de justiça entre todas as classes sociais, erradicando-se, de forma eficaz, o surgimento de uma casta de privilegiados na liderança da igreja ou comunidade.

Como cristãos fiéis e servos de nosso Senhor Jesus Cristo, temos o dever moral, ético e sagrado de examinar se as diretrizes financeiras exercidas pela liderança de nossa comunidade de fé estão refletindo o padrão bíblico, tendo sempre em mente que somos, direta ou indiretamente, cúmplices de qualquer injustiça que a liderança venha praticar em nosso nome, pois a forma egoísta de que alguns possam se cercar de quaisquer privilégios em prejuízo da propagação da mensagem de salvação, bem como do atendimento aos irmãos necessitados, deve ser por nós fiscalizado, a fim de que o fiel cumprimento dos princípios de mordomia seja uma realidade em nossa igreja, assim como, também, compete a nós reagirmos aos desvios que porventura existam.


Temos observado, nestes últimos dias, que a doutrina mais ecumênica, tem sido a prática de se impor aos membros das comunidades religiosas a exigência de forma errônea e indiscriminada, isto é, tanto para os pobres, quanto para os ricos, o pagamento em dinheiro de 10% dos salários ou rendimentos, com o nítido objetivo de privilegiar a classe dominante, alegando-se ser um preceito bíblico, quando tal procedimento contraria até mesmo as práticas do Velho Testamento, e muito mais ainda as normas de mordomias Neotestamentária.

Heráclito Fernandes da Mota