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sábado, 29 de agosto de 2009

O DÍZIMO NA IGREJA APÓSTOLICA


Olá, andei visitando seu blog. Acabei de digitar um artigo, referente às minhas conclusões sobre o sistema de dízimos. Dá pra postá-lo no seu blog?
Um abraço.


Foi o sistema de dízimos adotado pelo cristianismo do primeiro século?

Lembro-me que no ano em que fui expulso da Igreja Adventista, entre outros questionamentos procurávamos saber também se o sistema levítico dos dízimos havia sido adotado pelos pioneiros do cristianismo. A nossa preocupação era uma só. Indagávamo-nos se Jesus e seus apóstolos haviam lançado mão do sistema de dízimos. Parecia-nos evidente que a pergunta a se fazer não era em relação à institucionalidade do sistema. Não havia dúvida de que era uma instituição que acompanhara, desde cedo, toda a história de Israel como sociedade organizada.

Toda organização político-social tem seu sistema de impostos. Sendo Israel uma nação cuja cultura estava profundamente arraigada à religião, todas as suas instituições teriam de assumir caráter religioso. Tudo na comunidade israelita estava circundado de conotação divina, mesmo os aspectos mais elementares de qualquer organização política. Até regras básicas de higiene, saúde pública e relações civis estavam relacionadas com a religião. Os sacerdotes, que via de regra deveriam desempenhar apenas funções religiosas, assumiam, na verdade, o papel de administrador, de juiz, de governante, de general e até de médico. Não é de admirar, portanto, que o sistema tributário de uma sociedade como essa, profundamente moldada e dependente da relação com o divino, fosse revestido de caráter sagrado tão elevado.

As leis de muitos países podem ser por demais deficientes. Mas o que qualquer Estado terá de melhor em leis será o seu estatuto de tributação. Qualquer legislador sabe que o andamento da máquina administrativa dependerá da maneira como for elaborado e posto em prática o sistema tributário. Dos impostos dependerá o andamento de todas as outras secretarias estatais. De modo similar, a máquina administrativa de Israel, centrada na religião, dependia de um sistema tributário eficiente. E do mesmo modo que a sonegação de impostos nos dias atuais constitui crime, para os israelitas a retenção dos dízimos também significava roubo, que por extensão tratava-se de crime contra Deus, já que a Casa do Tesouro era o próprio Templo, centro maior do sistema político-religioso de Israel.

Há muitas razões para se pensar que Jesus não utilizou o sistema de dízimos sacramentado para o Estado de Israel. Uma delas é que não há nenhum vestígio de que Jesus e seus apóstolos tenham, como fundadores dessa grande religião que é o Cristianismo, utilizado como meio de arrecadação o sistema de dízimos.

É bem verdade que aqueles líderes reconheciam a dependência financeira de qualquer instituição. Mesmo que seja uma instituição de caráter religioso, ela terá que lançar mão de mecanismos pelos quais sejam supridas as despesas administrativas. Nesse sentido, Jesus reconheceu o direito que um trabalhador tem ao seu salário. O apóstolo Paulo, na mesma direção, lembrou às suas ovelhas que elas podiam olhar para Israel e ver que nessa nação as pessoas ligadas ao Templo tiravam deste o seu sustento, e que de modo similar pessoas que trabalhavam arduamente semeando bens espirituais deveriam esperar receber também bens materiais. Isso demonstra que os primeiros cristãos tinham consciência de que cabiam-lhes responsabilidades de ordem econômica para com a nova instituição que surgia.

O que quero dizer, portanto, é que o aquele cristianismo incipiente adotou um método bem diferente do sistema de dízimo que vigorava em Israel ainda nos dias de Cristo. E não podia ser diferente. O sistema de dízimo vigorava em Israel como uma lei a ser cumprida pelos cidadãos judeus. Se os cristãos passassem a reivindicar o pagamento de dízimos, estariam estabelecendo uma instituição paralela, concorrendo com o Templo. Evidentemente seriam enquadrados por prática de crime gravíssimo, já que somente aos levitas cabia por direito a arrecadação dos dízimos. Evidentemente a sensata comunidade cristã não lançaria mão de tal expediente.

Há uma passagem na Bíblia bastante curiosa:

E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas [...] E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. — Hb 7:5-9

Se prestarmos atenção, perceberemos que o escritor de Hebreus fala dos dízimos como uma instituição que ainda vigora, dizendo que “os filhos de Levi têm ordem... de tomar o dízimo do povo [...] E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem [...] Até Levi que recebe dízimos.” A epístola aos Hebreus foi escrita antes do ano 70 A.D. Portanto o Templo ainda estava de pé, em pleno funcionamento, de modo que o escritor fala da instituição dos dízimos como ainda estando em vigor, usando o verbo no presente sobre homens que tomam o dízimo do povo, reconhecendo, assim, que a instituição dos dízimos estava vinculada ao Estado de Israel.

Em vista disso, penso que Jesus e seus discípulos, que viveram numa época em que as instituições do Estado de Israel estavam em pleno funcionamento, evitariam instituir normas que dessem a entender estarem promovendo algum movimento subversivo. Antes, pelo contrário, inteligentemente procurariam alternativas para a questão das finanças na nova comunidade que surgia. Como de fato o fizeram.

Resta-nos saber que mecanismos utilizaram-se Jesus e seus apóstolos para a manutenção da administração da nova comunidade. Como tudo no cristianismo, foi utilizado um expediente muito simples: doações voluntárias. As pessoas deveriam contribuir segundo aquilo que propusessem no coração, sem nenhuma exigência formal ou legal. As pessoas deveriam estar sensibilizadas com a causa do Reino e, a partir daí ofertariam das suas posses.

O próprio Jesus, que disse que “aqueles que pregam o evangelho que vivam do evangelho”, ele mesmo fez jus a esse direito. A Bíblia deixa claro que ele aceitava doações voluntárias, tendo, inclusive, uma tesouraria cujo tesoureiro, lamentavelmente, era Judas Iscariotes. Jesus aceitava doações de qualquer espécie. Almoçava na casa de um — como quando se ofereceu para tomar refeição na casa de Zaqueu. Aceitava pousada na casa de quem estivesse disposto a recebê-lo — a exemplo do que costumava fazer na casa de Lázaro quando estava em Jerusalém. Ele disse também que os seus discípulos, na qualidade de obreiros, deveriam seguir seu exemplo. Quando fossem sair ao campo, não deveriam levar provisões, pois onde quer que fossem encontrariam pessoas dispostas a acolhê-los (Mt 10:4-11).

Mas Jesus também aceitava dinheiro como doações. Isso se prova pelo fato de existir entre eles uma tesouraria. O próprio Judas alegou que aquele perfume caríssimo que a mulher derramara nos pés de Jesus poderia ser vendido e convertido em dinheiro. Fica bem evidente que parte alguma do dinheiro arrecadado à tesouraria de Jesus era proveniente de pagamento de dízimos, mas, insisto, tudo provinha de doações voluntárias.

Não eram somente os pobres que se achegavam a Jesus. Pessoas abastadas também o faziam, e certamente eram essas pessoas quem mais financiavam a sua obra. Zaqueu e José de Arimatéia são os exemplos clássicos. Mas gosto sempre de fazer menção à passagem em que mulheres ricas patrocinam seu ministério:

E Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens. — Lc 8:3.

Depois da morte de Jesus e dando os apóstolos continuidade ao empreendimento da nova fé, o modelo instituído por Cristo foi seguido. Nos Atos dos Apóstolos encontramos vários exemplos de pessoas ricas fazendo grandes doações, entre elas Barnabé. Vale lembrar que o pecado de Ananias e Safira não foi o fato de terem retido parte dos bens, mas de terem mentido. Pedro fez questão de lembrar-lhes que eles tinham todo o direito de fazer o que bem entendesse dos seus bens (At 5:4). Diferentemente do que vigorava em Israel, ninguém, na comunidade cristã primitiva, estava obrigado a dar quantia nem porcentagem pré-estabelecida de sua renda.

O que quero dizer é que o cristianismo não lançou mão do sistema de dízimo levítico. Este era restrito à Israel na qualidade de Estado-nação, sem nenhum vínculo com a nova religião fundada por Jesus. Na nova mentalidade cristã, não mais predominaria aquela idéia de que “o homem roubaria a Deus” quando deixasse de pagar seus dízimos. Os cristãos são exortados a contribuir voluntariamente, de acordo com a sensibilidade do seu coração.

Marconds Linhares
João Pessoa, 25/8/2009.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A "PREEXISTÊNCIA" DE JESUS CRISTO

Olá irmão Heráclito, gostaria que o irmão publicasse no blog este assunto para DEBATE e ESTUDO. Meu nome e e-mail estão no fim do estudo, podem corresponder comigo se quiserem. Que Nosso Único Deus vos abençoe.

A "Preexistência" de Jesus Cristo

Várias passagens bíblicas parecem implicar que Jesus Cristo existiu de alguma forma no céu antes de aparecer aqui na terra. A maioria destas passagens encontram-se no Evangelho de João.. Por exemplo:

"Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou." (João 6:38).

"Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava?" (João 6:62).

"Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU." (João 8:58).

"E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo." (João 17:5).

É argumentado que estas afirmações são claras e que devemos aceitar o ensino bíblico que Jesus viveu anteriormente no céu. É certo que as passagens são claras, mas isso não significa necessariamente que devemos considerá-las como literais. Existem outras passagens bíblicas que são tão claras como estas e, no entanto não as consideramos literalmente, ainda que as pessoas que as ouviram estas palavras não sabiam inicialmente como considerá-las. Muitas destas passagens também encontram-se no Evangelho de João. Por exemplo:

"Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás?" (João 2:19-20).

"A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?" (João 3:3-4).
"Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la." (João 4:13-15).

"Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra." (João 4:34).

"Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça." (João 6:50).

"Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti..." (Mateus 18:9).
"Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e sigame." (Lucas 9:23).

"Estou crucificado com Cristo..." (Gálatas 2:19).

Da mesma maneira como não tomamos as anteriores afirmações literalmente, tão-pouco devemos tomar em sentido literal as afirmações de que Jesus viveu anteriormente no céu antes de nascer na terra.. Em primeiro lugar, a Bíblia afirma que Jesus é um homem.

Ver Isaías 53:3, João 1:30, João 8:40, Actos 2:22, Actos 17:31, Romanos 5:15, 1 Coríntios 15:21, 1 Coríntios 15:47.

Nós homens e mulheres começamos a existir quando nascemos. No caso de Jesus, Mateus e Lucas nos informam que Maria a mãe de Jesus concebeu pelo poder do Espírito de Deus, e Mateus nos fala do momento em que "Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes" (Mateus 2:1).

Se Jesus não nasceu de forma normal e real nessa altura, em que sentido pode ser filho de Abraão e David, ou mesmo de Maria? Lucas diz-nos que o menino Jesus crescia "em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens." (Lucas 2:52).

Como pode ter crescido em sabedoria se antes de nascer já era um ser celestial dotado de sabedoria? E se Jesus abandonou toda a sua sabedoria e conhecimento anterior para nascer na terra como homem, como pode continuar a ser a mesma pessoa? Já que a essência de qualquer pessoa é a totalidade das suas experiências e sabedoria adquirida ao longo da sua vida.
Também o autor da Epístola aos Hebreus diz que Jesus foi aperfeiçoado e aprendeu a obediência através das suas experiências aqui na terra (Hebreus 2:10, 5:8), mas como pode ter-se aperfeiçoado aqui se antes de nascer já era um ser celestial perfeito e poderoso?
Existia entre os judeus a idéia de que um bom mestre "vinha de Deus”, mas não no sentido de ter vivido nos céus com Deus antes de nascer. Por exemplo, em João 3:2 Nicodemos disse a Jesus:

"Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele." No entanto, não há provas de que Nicodemos cresse que tinha existido literalmente nos céus antes de nascer.

Se a Bíblia aparentemente insinua que Jesus veio do céu, diz o mesmo acerca de outros homens.
Por exemplo, João 13:3, diz que Jesus "viera de Deus," e em João 16:28 Jesus diz "Vim do Pai e entrei no mundo."

Estas palavras são usadas como prova da preexistência de Jesus no céu, mas João 1:6 diz: "Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João”.

A frase afirma literalmente que João veio da presença de Deus, assim como Jesus, mas ninguém mantém que João tivesse preexistido no céu.

Outro caso ainda mais claro é o do profeta Jeremias, Em Jeremias 1:5 a palavra de Yahvéh veio ao profeta dizendo, "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações."

Estas palavras tomadas literalmente, implicam que Jeremias existia antes de nascer, mas ninguém as toma nesse sentido. Significam que antes do profeta nascer, Yahvéh já sabia como seria e já tinha decidido que quando nascesse o nomearia para profeta às nações.
Antes de nascer, Jeremias existia somente na mente e no plano de Deus, que conhece todas as coisas antes que existam. Da mesma forma, Deus diz em Isaías 51:2 que "Era ele[Abraão] único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei." Como já tinha decidido que Abraão teria uma descendência numerosa, falou disso como fosse realidade desde que o decidiu (ver também Isaías 46:10, 49:1-3, Romanos 4:17).

O salmista diz: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda." (Salmo 139:16).

Mesmo a nível puramente humano, quando um arquiteto vai construir um edifício, primeiro faz uma maquete, e possivelmente apresenta-a dizendo: "Este é o edifício X," quando ainda não é mais que um projeto.

O Novo Testamento diz que Deus escolheu os crentes cristãos antes que nascessem, falando como se já existissem. Em Efésios 1:4 Paulo diz que Deus "nos escolheu nele [Cristo] antes da fundação do mundo," o que implica que se Cristo existia naquela altura, também existiam as demais pessoas que iam crer nele.

Na realidade, Paulo está falando da predestinação, o fato de que Deus conhece de antemão quem vai nascer e que papel terá no seu plano e propósito. Uns versículos mais à frente, em Efésios 1:11, o apóstolo diz explicitamente: "Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade."

Também diz em Romanos 8:29-30: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos." Dirigindo-se a Timóteo, Paulo fala da "graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos" (2 Timóteo 1:9), como se todos os crentes já existissem nesse tempo. Da mesma forma o apóstolo Pedro explica as alusões à suposta "preexistência" de Jesus Cristo ao dizer que foi "conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós" (1 Pedro 1:20).

No que se refere à "glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5), é obvio que Jesus não pode ter desfrutado dessa glória ainda que realmente existisse nessa altura, visto que as Escrituras enfatizam que só se tornou merecedor dessa glória ao completar na cruz a sua vitória sobre o pecado. O escritor aos Hebreus diz:

"Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem." (Hebreus 2:9).

Em Atos 3:13, referindo-se à ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, Pedro diz:

"O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo."
Na sua primeira epístola, Pedro diz que Deus "o ressuscitou[Jesus] dentre os mortos e lhe deu glória.." (1 Pedro 1:21).

O próprio Jesus, falando com dois discípulos no caminho de Emaús enfatiza que a sua glorificação era posterior aos seus sofrimentos dizendo:

"Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?" (Lucas 24:26; ver também João 7:39, João 12:16).

As passagens anteriores demonstram que Jesus não pode ter literalmente usufruído glória antes do seu nascimento, porque somente podia recebê-la depois de ter terminado o seu ministério com êxito. Tanto a existência de Jesus antes que o mundo existisse, como a sua glorificação, somente podem ter existido de forma antecipada na mente e propósito de Deus. Este propósito foi aos poucos revelado aos profetas. Falando do que ia acontecer, o Senhor disse. "O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito..." (Mateus 26:24). As passagens que são citadas para apoiar a idéia da suposta "preexistência" de Jesus Cristo não indicam que realmente vivesse no céu antes de nascer.

Simplesmente enfatizam em linguagem figurada o fato que a aparição do Senhor Jesus na terra não foi uma coisa do acaso mas um acontecimento que foi determinado e autorizado pelo seu Pai celestial desde antes da criação do mundo.

Autor: James Hunter (Missão Bíblica Cristadelfiana).

Divulgado por: Marcelo Alexandre do Valle
E-mail: marceloalexandrevalle@yahoo.com.br


Que O Único Deus abençoe a todos, em nome do Senhor Jesus, O Cristo.

BLOG: O fato de estar publicado no Blog, não quer dizer que compartilhamos do pensamento do autor. Como o irmão Marcelo deixou claro no início, esse é um assunto para ESTUDO e DEBATE.

domingo, 16 de agosto de 2009

INSPIRADOS POR DEUS OU POR SATANÁS?

Muitos são os ataques aos Antitrinitarianos. Frases pejorativas e ataques pessoais, que infelizmente, muitos irmãos, repetem de seus líderes, sem nem mesmo conhecer e compreender realmente os fatos.

Tais frases e ataques se repetem no tempo. Não apenas os atuais antitrinitarianos, mas especialmente os pioneiros, os fundadores do Adventismo, sofrem com as mesmas, aliás, não só os pioneiros, mas toda uma organização, pois a mesma era antitrinitariana.

Vejamos, por exemplo, o Sr. James Tiago White (1821-1881), marido de Ellen G. White, autor do primeiro periódico emitido pelos Adventistas, Verdade Presente; foi o primeiro editor da Review and Herald (1850), Instrutor Jovem (1852), e de Sinais dos Tempos (1874). Ele , também, foi presidente da Conferência Geral entre 1865-1867, 1869-1871, e 1874-1880.

Se há um fundador para as instituições de Publicação dos adventistas, este foi James White, bem acompanhado pela esposa Ellen G. White, os quais conviveram 35 anos e tiveram 4 filhos. Ele foi o patrocinador e promotor da Pacific Press, a maior publicadora dos Adventistas.

Em artigos publicados na Adventist Review (Revista Adventista Americana), ele demonstrou o que a igreja naquele tempo pensava a respeito da Trindade. Infelizmente, muitos irmãos sinceros, não sabem desses fatos, que hoje a atual liderança não tem interesse em divulgá-los, mas que passaremos a mostrar alguns deles:

“Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser contrária à razão e ao senso comum.” Adventist Review --- 6 de Julho de 1869. (veja o copia do original no link abaixo)

http://www.alvorada.us/0089.htm

"Mas, a fábula pagã e Papal da natural imortalidade, fez do maior inimigo do homem, a morte, a porta para a felicidade eterna, e deixa a ressurreição como uma coisa de pequena significação. É a base do espiritualismo moderno”.

“Aqui nos devemos mencionar a Trindade que acaba com a personalidade de Deus, e de seu Filho Jesus Cristo, e o batismo por aspersão que em vez de sepultar em Cristo no batismo, em significado da sua morte. Mas nós saímos destas fábulas para encontrar outra, que é sagrada para quase todos os cristãos, católicos e protestantes. É o (5.) a mudança do sábado do quarto mandamento, do sétimo para o primeiro dia da semana. O festival pagão do domingo" Advent Review 11 de Dezembro de 1855”. (veja o copia do original no link abaixo)

http://www.alvorada.us/0091.htm

Essas são algumas das várias declarações publicadas na Revista Adventista da época e isso seguramente refletia o pensamento oficial da igreja.

A sua mulher Ellen G. White, reconhecida, até hoje, como uma mensageira de Deus, nunca condenou ou criticou tais declarações. Muito pelo contrário, em muitas citações dela, nos é mostrado como Deus conduziu a sua igreja para o estabelecimento das doutrinas na igreja, as quais até sua morte permaneceram sem nenhum ensino trinitariano que figurasse no Yearbook (Nisto Cremos Americano).

Durante muitos séculos, o Papado reinou e infelizmente, muitas de suas doutrinas foram absorvidas pelas igrejas evangélicas em geral, adulterando assim o evangelho eterno. Porém desde a reforma protestante, Deus convida um povo para restaurar esse evangelho.

Medite nesse verso:

“E os que de ti procederem edificarão as ruínas antigas; e tu levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador de brechas, e restaurador de veredas para morar.” Isaías 58:12

O fiel povo de Deus é chamado para “edificar as antigas ruínas”, mas quais? Também deve “levantar os fundamentos de muitas gerações”, quais fundamentos? E ainda “reparar as brechas”, quais brechas?

As antigas ruínas e os fundamentos de muitas gerações entre outros é o Evangelho Eterno que o Papado criou brechas! Essas muitas brechas (domingo, imortalidade da alma, inferno, purgatório, trindade, missa, etc) foram abertas pelo Papado e Deus nos convida para “reparar” essas brechas.

Qual vai ser sua decisão? Cooperar para que as brechas continuem?

“E a vida eterna é esta: que todos conheçam a ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo.” João 17:3 (BLH)

João Carvalho

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

REVISANDO O ASSUNTO

“A mentira é como uma bola de neve, quanto mais se prossegue com ela maior ela fica” Martin Luther King

Após haver veiculado na Internet algumas mensagens abordando o assunto do dízimo, entre elas as que mais repercutiram foram as seguintes: 1 - ASSIM DIZ O SENHOR: DÍZIMO NÃO Ë DOUTRINA NEOTESTAMENTÁRIA, 2 - QUATRO CURIOSIDADES SOBRE O DÍZIMO QUE SEU PASTOR NUNCA LHE CONTOU, 3 - VAI E VENDE TUDO, recebi de alguns irmãos vários questionamentos, os quais considero importantíssimos para uma melhor apreciação do tema, pelo que renovei meus estudos sobre o assunto, até porque, com certeza, estou sujeito a erros, pecados ou equívocos.

Interessante é que também remeti o primeiro texto à aproximadamente uns setenta pastores, sendo que somente dois deles tiveram a humildade em dar-me um “feedback” sobre o assunto, um para, de maneira fraterna, aconselhar-me, o outro, infelizmente, para atacar-me com acusações de que eu era um perturbador em Israel, ou de que eu pretendia, como se a um pobre coitado como eu fosse possível, destruir o grande império construido pelas igrejas.

O fato é que ninguém, até o momento, me apresentou, com embasamento exclusivamente bíblico, de preferência com exemplos vividos pela igreja neotestamentária, um estudo em que ficasse evidenciado a prática dos dízimos pelos crentes da nova aliança, mas ainda aguardo que alguém se disponha a esta tarefa, a qual nos parece uma missão impossível.

Confesso que a princípio meus questionamentos restringiam-se tão somente aos aspectos administrativos das finanças da Igreja, tais como: malversação de fundos, privilégios dos líderes, descontroles de custos etc. Entretanto senti a necessidade de proceder a uma investigação do tema, principalmente sob o aspecto do amparo bíblico a tal preceito, foi então que minha visão se ampliou, e surpreendi-me com o sentido contido nas revelações das Escrituras Sagradas.

Motivei-me também a colher informações de artigos publicados por pastores, nos quais fosse abordado o aspecto histórico das finanças nas igrejas, mesmo correndo o risco de que tais artigos tenham sido preparados com a especial finalidade de imprimir em nossa mente um sentimento de submissão a liderança, a tal ponto que sentíssemos medo de investigar sob outros anglos, os quais venham a contrariar os velhos e pré-concebidos conceitos.
Não tenho, nem jamais tive, a intenção de negar a origem bíblica dos dízimos, ou de obscurecer a necessidade de fundos ou meios para a manutenção dos propósitos laborativos originados na soberania Divina, tanto para o antigo Israel, quanto para a Igreja cristã hodierna.

No entanto devemos considerar os diversos aspectos que envolvem os dois grupos, e, também, ter em vista as condições, tanto sócio religiosa, quanto aos objetivos e as circunstâncias que motivaram a Deus de efetivar alianças distintas com as partes envolvidas, as quais tem características e propósitos que somente se aplicam exclusivamente a cada época envolvida.

Tomando por base as colocações dos irmãos, e a necessidade de uma investigação mais detalhada a fim de desanuviar as duvidas, e percebendo que as novas pesquisas sobre o assunto nos levam a um resultado minucioso e um pouco extenso, o que para o leitor apressado, poderia se tornar cansativo e enfadonho abordá-lo em apenas um texto, iremos disponibilizá-las em várias partes, as quais pretendemos envia-las, sucessivamente, para publicação.
Tendo em vista que o mais importante em qualquer discussão é o saber ouvir e respeitar o contraditório, conclamo a todos os interessados e simpatizantes deste empolgante e necessário estudo que se manifestem com sua opinião, principalmente se não concordar com os argumentos por nós explanados.
Com referência a este assunto, nas proximas mensagens abordaremos os seguintes temas:
1 DÍZIMOS PRINCÍPIOS DE VALIDADE ETERNA;
2 FINANÇAS NA IASD PARTE I;
3 FINANÇAS NA IASD PARTE II;
4 A COMPULSÃO SISTEMÁTICA;
5 FAÇA O QUE DIGO, JAMAIS O QUE EU FAÇO;
6 UMA PALAVRA AO CLERO
Fraternalmente,
Heráclito Fernandes da Mota

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O BATISMO INÓCUO - SEGUNDA PARTE



A ordem do batismo trinitariano foi realmente dada?
Não, ela não foi dada. Historicamente já está comprovado que os batismos entre os primeiros cristãos eram todos feitos invocando apenas o nome de Jesus Cristo. Sem entrar no mérito da questão, pois esse artigo não é um tratado de história, transcrevo apenas o que vem escrito na Bíblia de Jerusalém, a título de explicar Mateus 28:19.

“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar ‘no nem de Jesus’”. Bíblia de Jerusalém.

O batismo com a fórmula trinitariana foi tardio na igreja primitiva. Os relatos mais antigos de batismos são todos em nome de Jesus Cristo. O livro de Mateus, tal qual o conhecemos não é apenas uma tradução tardia do original escrito em língua semítica (aramaico), mas também uma re-elaboração e adaptação da obra original. Portanto, aquilo que parece ser verdadeiro, ser original, pode perfeitamente não ser.

Qual fórmula batismal é mais teologicamente coerente com a teologia da salvação?
Sem sombra de dúvidas, a fórmula do livro de Atos. A fórmula batismal usada em Atos dos Apóstolos harmoniza-se com perfeição junto a teologia da salvação. Essa harmonia já começa a ocorrer desde o Antigo Testamento. No livro de Daniel 9:24 a 27 já estava previsto um Messias cuja missão seria a de “extinguir a transgressão e dar fim ao pecado”. No livro de Isaías 49:6 também já estava a previsão da vinda do Messias para ser a “luz dos gentios”. Quando o Messias vem a Terra, ele recebe um nome que é nesse nome que as boas novas deveriam ser anunciadas. As boas novas era que havia chegado a oportunidade do arrependimento e do perdão. A oportunidade do arrependimento e perdão deveria ser proclamada em nome de Jesus Cristo.

“E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém”. Lucas 24:46 e 47

O arrependimento e o perdão estão intimamente ligados à pessoa de Cristo, sendo assim, nada mais lógico e natural que batizar os arrependidos apenas em nome de Jesus Cristo. Se o anúncio da oportunidade de arrependimento e perdão deveria ser feito em nome de Cristo, o batismo evidentemente também. Os homens deveriam se arrepender de pecados praticados contra a Lei de Deus, se arrepender de ofensas praticadas contra Deus; logo, o batismo não poderia ser realizado em nome de um que está profundamente ofendido pelas ofensas contra sua Lei e pessoa. Dessa maneira, só existe a possibilidade de o arrependimento e perdão vir de encontro ao homem através de um intercessor, mediador e, assim, essas duas graças divinas conduzirem o homem ao batismo.

“Deus com sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados”. Atos 5:31

Qualquer trinitariano pode dizer que para o pecador ser conduzido ao arrependimento é necessário a participação do Espírito de Deus e, como o perdão é dado por Deus, assim, também é teologicamente coerente o batismo trinitariano. Já que o Espírito Santo conduz o homem a Cristo que intermedeia o perdão do Pai, as três pessoas participando do processo legitimariam a fórmula trinitariana de batismo.

No entanto, existe um evento no qual houve a participação de apenas um e, esse evento, por estar exclusivamente ligado a pessoa de Cristo, foi colocado por Deus como a realidade para a qual o batismo se tornou um símbolo. Esse evento, o qual Cristo enfrentou sozinho, sem que o Pai ou, para os trinitarianos, também o Espírito Santo não o vivenciou, nós o chamamos de morte e, no caso, a eterna.

Como o batismo é o símbolo da morte e ressurreição de Jesus Cristo e como somente ele morreu e ressuscitou eis então o motivo único pelo qual os batismos realizados por Pedro, Paulo, Felipe e provavelmente todos os outros apóstolos foram feitos em nome de Jesus Cristo. Ele foi o único que morreu e ressuscitou dando assim com a sua entrega um simbolismo extraordinário ao batismo em seu nome. Foi por esse motivo que Paulo batizou novamente os que já haviam sido batizados por João.

RAZÕES BÍBLICAS PARA O BATISMO UNICAMENTE EM NOME DE JESUS CRISTO

“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”. Atos 10:43

“E nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. Atos 4:12

“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que como Cristo ressuscitou dos mortos, pela vontade do Pai, assim andemos nós também e novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança de sua morte, também o seremos na da sua ressurreição”. Romanos 6:3 a 5

Do ponto de vista bíblico, todo aquele que ainda não participou da morte e ressurreição que o batismo em nome de Jesus Cristo simboliza, não recebeu ainda o perdão dos seus pecados. O batismo em nome de Jesus Cristo é o rito que oficializa o arrependimento e perdão. É por Cristo que vem o arrependimento e o perdão. O batismo em seu nome representa nossa morte para o mundo e o pecado e a ressurreição para uma nova vida no Cordeiro.

Você pode até estar despreocupado e satisfeito com o seu batismo trinitariano, mas tenha certeza que Pai não morreu para lhe salvar e muito menos o Espírito Santo e que o batismo e símbolo da morte e ressurreição de Cristo."

Elpidio da Cruz Silva (Artigo enviado por email)

domingo, 2 de agosto de 2009

O BATISMO INÓCUO - PRIMEIRA PARTE




O batismo de uma pessoa que publicamente quer demonstrar a sua aceitação da pessoa de Cristo como seu salvador pode ser inócuo pelos mais variados motivos. Os motivos podem ser desde a ausência de sinceridade do batizando até o uso de cerimônias e fórmulas batismais inadequadas. Na maioria das vezes, os batismos cristãos são inócuos porque acumulam no seu realizar, cerimônias e fórmulas batismais não recomendadas por aquele que tornou o batismo uma exigência para a entrada no reino de Deus.

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. Marcos 16:16

Sabendo que o batismo é uma exigência para nossa salvação, nada mais natural que procuremos realizá-lo ou sermos submetidos a ele da maneira correta. A maioria das igrejas cristãs usa como fórmula batismal a que é apresentada no evangelho de Mateus.

“Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Mateus 28:19

Quase que a totalidade dos cristãos batizados com o uso dessa fórmula tradicional, estão satisfeitos com o seu batismo e acham que não tem nada errado com ele. Essa satisfação tem origem principalmente na crença trinitariana que é professada por quase todos os cristãos do mundo. Se o deus deles é triúno, nada como usar no batismo uma fórmula que representa as três pessoas presentes em sua divindade. No entanto, nem sempre foi assim, e não foi assim principalmente nos primeiros anos da igreja cristã.

Logo após ascensão de Cristo ao Céu, seus discípulos deram início ao trabalho de evangelização do mundo. Os resultados da pregação pelos discípulos não demoraram a aparecer e apareceram de maneira extraordinária. No relato bíblico que apresenta as primeiras conversões depois da ascensão do Senhor, mais de duas mil pessoas foram batizadas de uma única vez. Foi o primeiro grande batismo realizado pelos discípulos de Cristo, Pedro, Tiago, João, André, Felipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago – filho de Alfeu, Simão e Judas, o outro. Todos esses discípulos andaram com Cristo e ouviram seus ensinamentos. Sabemos que muitos deles foram martirizados não negando a fé em Cristo.

Entretanto, quando se trata do uso da fórmula batismal, os vemos um tanto quanto desobedientes ao Senhor em nome do qual deram suas vidas. Vemos os discípulos de Jesus usando uma outra fórmula batismal, diferentemente da que supostamente lhes fora dada por Jesus. O uso dessa outra fórmula batismal, caso de fato a original tenha sido dada, coloca os discípulos em flagrante desobediência ao Filho de Deus. Caso tenham sido desobedientes, eles não o foram apenas uma vez, mas reincidentemente continuaram agindo em oposição a suposta ordem original. Os trechos bíblicos que a seguir são mostrados supostamente colocam os discípulos em desobediência ao Mestre.

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”. Atos 2:38

Esse é o primeiro caso flagrante de um discípulo desobedecendo à ordem de seu Mestre registrado na Bíblia. Jesus mandou que os conversos fossem batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e, Pedro, em notória desobediência, invoca apenas o nome de Jesus Cristo para realizar o batismo. Parece ainda que os outros discípulos foram coniventes com o primeiro batismo errado de Pedro. Ele não corrigido pelos seus irmãos de fé e logo em seguida, realiza o batismo do centurião Cornélio, novamente sem o uso da fórmula batismal trinitariana.

Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do Senhor”. Atos 10:47 e 48

Paulo também não praticou o batismo trinitariano. Possivelmente o erro que se iniciou com Pedro tenha contaminado os outros discípulos e apóstolos. O ex-perseguidor da igreja, em um incidente registrado no texto bíblico, ou batizou ou deu ordem para que pessoas fossem batizadas em nome de Jesus Cristo.

“Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus”. Atos 19:4 e 5

Neste incidente relatado, Paulo se coloca em clara oposição àquela ordem de Mateus. Ele não pode ser mais penalizado do que Pedro, que supostamente inaugurou uma prática desobediente.Claramente se percebe um descompasso entre a ordem supostamente dada por Cristo para o uso da fórmula batismal trinitariana e o uso de uma outra fórmula batismal pelos discípulos que apresenta apenas o nome de Jesus Cristo.

Todo sincero cristão tem o direito e o dever de fazer as seguintes perguntas:

1 - A ordem de batismo com a fórmula trinitariana realmente foi dada?
2 - Se foi dada, porque os discípulos não a obedeceram?
3 - Se não foi dada, porque aparece no texto bíblico?
4 - Qual fórmula batismal é mais teologicamente coerente com a teologia da salvação?
5 - Se eu estiver batizado sob uma fórmula inválida meu batismo tem valor?
6 - Se fui batizado com uma fórmula herética, preciso me batizar novamente?

O artigo seguirá, na próxima mensagem, tentando responder essas importantes perguntas.

Elpidio da Cruz Silva (Artigo enviado por email)